Mostrar mensagens com a etiqueta violência psicológica. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta violência psicológica. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Câmara já tem relatório sobre incidentes na Polícia Municipal de Braga

O presidente da câmara de Braga recebeu esta semana o relatório do ex-comandante da Polícia Municipal, João Paulo Vareta, relativo aos casos de indisciplina e insubordinação registados neste corpo de segurança. Ontem, Ricardo Rio informou que as queixas formuladas pelo ex-comandante foram já remetidas para os serviços municipais competentes para efeitos de instauração do “correspondente inquérito disciplinar aos agentes visados” e apuramento dos “factos que aí estão expressos”.

O autarca reafirmou a intenção de identificar eventuais responsabilidades criminais dos actos denunciados, no final de Janeiro, por João Paulo Vareta, nomeadamente o “manuseamento maldoso de armas, mau uso de armamento e munições, assim como uso das mesmas fora das condições de segurança”.

O presidente da câmara aceitou a demissão do comandante da Polícia Municipal, na sequência das denúncias públicas que este fez de “actos de terrorismo institucional de grave violência psicológica por um grupo de agentes que se esconde atrás do anonimato e dissimulação”.

Na reunião em que aceitou o pedido de demissão, Rio pediu a João Paulo Vareta que “participasse formalmente” contra os agentes apontados como autores de actos de indisciplina e insubordinação, “de maneira a que os factos possam ser esclarecidos, quer aqueles que se revistam de natureza disciplinar, quer aqueles que se possam revestir, como ele sugeriu, de natureza criminal”.

A participação dos factos relatados pelo ex-comandante ao Ministério Público está dependente da avaliação dos mesmos por parte dos serviços municipais, esclareceu ontem o presidente da câmara.

Ricardo Rio decidiu não nomear um novo comandante da Polícia Municipal, sendo a liderança da mesma sido entregue ao vice-presidente Firmino Marques.

No cargo de comandante desde 2010, o coronel João Paulo Vareta afirmou, na hora da demissão, que “numa organização de segurança não pode haver este tipo de comportamentos por parte de agentes que se escondem atrás de um eventual anonimato para incutir medo”. Publicado no Correio do Minho