As "jotas" da Trofa terão estado envolvidas num episódio de agressões e insultos, na madrugada desta quarta-feira, no centro da cidade. Tudo por causa de uma guerra de cartazes. Mas JS e JSD têm versões opostas.
A cerca de meio ano das eleições autárquicas, já fervem ânimos na Trofa. Pelo menos, entre as estruturas jovens dos maiores partidos - PS e PSD -, que, cerca das 2.30 horas desta quarta-feira, protagonizaram uma zaragata envolvendo alegadas agressões físicas e verbais e perseguições de carro entre alguns elementos.
Estes são, de resto, os únicos pontos comuns às versões das duas "jotas", que, no mais, relatam factos contrários entre si. Cartazes espalhados pelo concelho, no fim-de-semana, pela JSD, alertando para o mau estado das estradas, terão sido o mote do alegado ajuste de contas: por terem sido postos em sinais de trânsito, muitos foram retirados pela Polícia Municipal. Tal terá gerado mal-estar entre as duas "jotas", com a JSD a acusar a JS de ter arrancado os cartazes.
Daniel Lourenço e Amadeu Dias, da Juventude Socialista, dizem-se vítimas de uma "cilada", na madrugada desta quarta-feira, em que se viram "bloqueados" e "cercados" numa via sem saída, a Rua Poeta Nicolau Tolentino, junto à EN 14. Daniel, de 27 anos, conta que entrou naquela artéria para inverter a marcha, e terá sido impedido de sair pela viatura de Filipe Couto Reis, de 37 anos, presidente do PSD de Santiago de Bougado, que "começou com injúrias e agressões físicas".
"Ele disse para devolvermos os cartazes, mas não temos nada a ver com isso nem os tirámos. Num minuto, chegaram cerca de 15 elementos da JSD, que agrediram verbalmente, com insultos e ameaças", relata Daniel Lourenço.
Já Sofia Matos, de 22 anos, líder da JSD envolvida no confronto, afirma ter sido "perseguida" por Daniel e Amadeu quando seguia de carro com a secretária-geral da "jota", Marta Almeida, supostamente após terem avistado, na rotunda do Catulo, os dois "a vandalizar, com um alicate na mão, o último dos 30 cartazes" da JSD.
A fuga pela EN 14 terá terminado quando Sofia Matos virou, para se "esconder", para a rua sem saída, onde acorreu Filipe Couto Reis, que terá sido "ferrado" num braço por Daniel Lourenço, acusa a JSD. "A partir daí, ambas as partes envolveram-se em agressões mútuas", aponta Sofia Matos, que refere ter sido "ameaçada e insultada", a par da colega, e nega que mais elementos da JSD tenham estado no local.
Publicado no Jornal de Notícias