Um projecto da Polícia Municipal de Paredes permitiu sinalizar, num ano, 59 idosos em situação de abandono ou com pouca retaguarda, em duas freguesias do concelho, foi anunciado nesta terça-feira em sessão pública.
Segundo os promotores, o projecto designado "Paredes na Rota da Protecção" criou condições para dar apoio social a 11 casos considerados mais graves, de pobreza extrema, 10 dos quais em Aguiar de Sousa e um em Astromil.
Ao longo do ano, os agentes da Polícia Municipal de Paredes começaram por percorrer a freguesia de Aguiar de Sousa, uma das mais distantes e dispersas do concelho, para dar indicações de cuidados de segurança aos idosos que vivem em situação de algum isolamento. Regularmente, os agentes percorreram a localidade, também com propósito dissuasor de situações criminosas, tendo como vítimas os idosos.
Esse trabalho permitiu então identificar as situações de pobreza que passaram a ter acompanhamento da rede social, entre as quais um casal de idosos que sofre de Alzheimer, outro caso de um homem que vivia sozinho em condições de miséria e um casal com dois filhos que também apresentava sinais de profunda pobreza.
Para todos os casos, explicou-se na sessão, foi encontrada resposta social nas instituições do concelho e hoje são acompanhadas regularmente para proporcionar aos utentes melhores condições de vida.
Num dos casos foram realizadas obras na habitação, com o apoio da Câmara de Paredes.
Na freguesia de Astromil, o trabalho começou um pouco mais tarde, mas sinalizou 16 idosos, um dos quais credor de uma intervenção social mais premente.
O projecto de sensibilização dos idosos para os cuidados de segurança também já arrancou na freguesia de Sobreira, onde já estão sinalizados alguns casos de isolamento e menor retaguarda, que estão a ser avaliados pelos serviços sociais do concelho.
O projecto realizado pela Polícia Municipal de Paredes também incluiu acções de sensibilização em várias instituições de solidariedade social que contaram com a participação de cerca de 140 pessoas.
A vereadora Hermínia Moreira, presente na sessão, elogiou o trabalho dos agentes policiais e das instituições sociais que têm colaborado no projecto.
A autarca prometeu que o projecto vai prosseguir, "porque tem dado frutos".
Na sessão foi apresentado outro projecto de inclusão social que está a acompanhar, há 20 meses,193 casos de dependência de drogas ou álcool.
Segundo a Associação Paredes pela Inclusão Social (APPIS), parceira da autarquia no projecto "Arrisca-te ao sucesso", já foi possível criar condições para que 30 pessoas já estejam há mais de seis meses sem consumir drogas ou álcool.
O projecto tem um funcionamento de apoio psico-social em Lordelo e promove acções de formação e reintegração social e profissional dos utentes, com programas de treino de competências e articulação com o tecido empresarial de Paredes.
"Se não houvesse esta resposta, havia gente que estava a passar mal e hoje estão a passar um pouco melhor, estão a lutar contra as contrariedades da vida", comentou o vereador Pedro Mendes.
Publicado no jornal Público
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Projecto + 65: Polícia Municipal aplaudida (Lisboa)
A Policia Municipal de Lisboa foi aplaudida por, ao longo dos últimos dois anos, ter promovido cuidados de segurança rodoviária junto da população sénior de Lisboa, mas também os principais cuidados a ter em casa.
O projecto + 65, destinado a pessoas com mais de 65 anos, resulta de uma parceria entre a Polícia Municipal, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e a Fundação MAFRE, tendo abrangido mais de 600 idosos. O encerramento deste projecto, que em 2016 regressará com outros moldes, juntou no Centro de Apoio Social de Lisboa (Mitra), dia 20 de Novembro, várias dezenas de utentes de cerca de 20 equipamentos da SCML. Na cerimónia, o comissário José Gaspar agradeceu os cumprimentos e “o carinho” que os mais idosos “dedicaram aos agentes da Polícia Municipal”, afirmando que foi criada “uma relação de confiança entre a Polícia Municipal e a população idosa”, uma vez que o projecto “aumentou a segurança e a qualidade de vida dos mesmos”.
Luísa Mendonça, utente do Centro Social da Sé, testemunhou que, actualmente, já não abre a porta de casa ao primeiro toque: “Foram conselhos úteis. Quando me batem à porta não a abro logo, deixo uma brecha”. Também Ermelinda Vermelho confessou estar mais elucidada: “Sei que, na rua, não posso ir com a mala fora do passeio”.
O Projecto + 65 pretende alertar a população sénior para os comportamentos a adoptar na via pública, quer enquanto peões (travessia nas passadeiras, prevenção de furtos por esticão, cuidados especiais com os ciclomotores e motociclos), quer como condutores (ingestão de determinados medicamentos causadores de sonolência, manutenção periódica do veículo), mas também para os cuidados de segurança que devem ter quando estão em casa.
Ao todo foram realizadas 22 acções com uma componente teórica de formação (que incluiu recomendações e boas práticas de segurança adaptadas à realidade quotidiana dos participantes), seguida de um peddy-papper pela zona envolvente dos equipamentos usados pelos utentes, no qual os seniores puderam aplicar os conhecimentos adquiridos.
Na cerimónia de encerramento, que teve a participação de cerca de 150 utentes dos equipamentos da Santa Casa, desde a Sé, a Telheiras, à Pena ou Charneca, foi realizado um jogo do "Quem Sabe Sabe", adaptado ao tema da “Prevenção Rodoviária”, que pretendia aliar a estimulação cognitiva à diversão, assim como à tomada de decisão individual e em grupo, potenciação as redes de interacção social e a valorização da sabedoria popular.
Publicado no sítio da Câmara Municipal de Lisboa
O projecto + 65, destinado a pessoas com mais de 65 anos, resulta de uma parceria entre a Polícia Municipal, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e a Fundação MAFRE, tendo abrangido mais de 600 idosos. O encerramento deste projecto, que em 2016 regressará com outros moldes, juntou no Centro de Apoio Social de Lisboa (Mitra), dia 20 de Novembro, várias dezenas de utentes de cerca de 20 equipamentos da SCML. Na cerimónia, o comissário José Gaspar agradeceu os cumprimentos e “o carinho” que os mais idosos “dedicaram aos agentes da Polícia Municipal”, afirmando que foi criada “uma relação de confiança entre a Polícia Municipal e a população idosa”, uma vez que o projecto “aumentou a segurança e a qualidade de vida dos mesmos”.
Luísa Mendonça, utente do Centro Social da Sé, testemunhou que, actualmente, já não abre a porta de casa ao primeiro toque: “Foram conselhos úteis. Quando me batem à porta não a abro logo, deixo uma brecha”. Também Ermelinda Vermelho confessou estar mais elucidada: “Sei que, na rua, não posso ir com a mala fora do passeio”.
O Projecto + 65 pretende alertar a população sénior para os comportamentos a adoptar na via pública, quer enquanto peões (travessia nas passadeiras, prevenção de furtos por esticão, cuidados especiais com os ciclomotores e motociclos), quer como condutores (ingestão de determinados medicamentos causadores de sonolência, manutenção periódica do veículo), mas também para os cuidados de segurança que devem ter quando estão em casa.
Ao todo foram realizadas 22 acções com uma componente teórica de formação (que incluiu recomendações e boas práticas de segurança adaptadas à realidade quotidiana dos participantes), seguida de um peddy-papper pela zona envolvente dos equipamentos usados pelos utentes, no qual os seniores puderam aplicar os conhecimentos adquiridos.
Na cerimónia de encerramento, que teve a participação de cerca de 150 utentes dos equipamentos da Santa Casa, desde a Sé, a Telheiras, à Pena ou Charneca, foi realizado um jogo do "Quem Sabe Sabe", adaptado ao tema da “Prevenção Rodoviária”, que pretendia aliar a estimulação cognitiva à diversão, assim como à tomada de decisão individual e em grupo, potenciação as redes de interacção social e a valorização da sabedoria popular.
Publicado no sítio da Câmara Municipal de Lisboa
terça-feira, 25 de junho de 2013
Polícia Municipal destrói Horta do Monte e agride membros deste projecto comunitário (Lisboa)
Por volta das seis horas da manhã, a Polícia Municipal (PM) invadiu a Horta do Monte, localizada na intersecção da rua Damasceno Monteiro com a Calçada do Monte, perto do Largo da Graça, em Lisboa, e começou a destruir as culturas aí existentes.
No local esteve ainda presente Graça Ribeiro, do Grupo de Trabalho para a Promoção da Agricultura Urbana na Cidade de Lisboa da Câmara Municipal de Lisboa (CML).
Ainda que o projeto comunitário nunca tenha recebido qualquer notificação formal e legal, a CML decidiu interromper o processo de negociação que tinha sido iniciado, com a marcação de uma reunião, e avançou com a intervenção.
As cerca de cinco pessoas, membros do projeto comunitário, que se dirigiram ao local por volta das 7h foram alvo de agressões, sem qualquer justificação, por parte da polícia, segundo relatou ao esquerda.net a coordenadora da Horta do Monte, Inês Clematis. Entre encontrões e bastonadas, duas pessoas foram detidas e uma foi encaminhada para o hospital com a cabeça partida.
Segundo é avançado no blogue da Horta do Monte, “o modelo de requalificação proposto pelo Grupo de Trabalho para a Promoção da Agricultura Urbana na Cidade de Lisboa, da CML, adapta-se às necessidades das hortas urbanas tradicionais - com talhões de cultivo individuais - mas não é compatível com a participação colectiva na produção de alimentos”, sendo que a inclusão do projeto da Horta do Monte no Jardim da Cerca da Graça, projeto da CML para o local, representaria “uma mais-valia para a comunidade ao nível social, cultural, ambiental e pedagógico”.
Sublinhando que “não houve discussão pública nem houve consideração pelo projecto existente no terreno”, os membros do projeto comunitário Horta do Monte mantiveram “uma atitude de receptividade e abertura”, ainda que não tenha existido “negociação no sentido de integrar a Horta do Monte no projecto” e que o departamento de espaços verdes do Gabinete Vereador José Sá Fernandes tenha demonstrado uma “inflexibilidade absoluta desde o primeiro momento”.
No local, ocupado há seis anos pela Horta do Monte, a CML pretende implantar um parque urbano, com espaço de relvado, miradouros e hortas urbanas.
Publicano no portal Esquerda.NET
No local esteve ainda presente Graça Ribeiro, do Grupo de Trabalho para a Promoção da Agricultura Urbana na Cidade de Lisboa da Câmara Municipal de Lisboa (CML).
Ainda que o projeto comunitário nunca tenha recebido qualquer notificação formal e legal, a CML decidiu interromper o processo de negociação que tinha sido iniciado, com a marcação de uma reunião, e avançou com a intervenção.
As cerca de cinco pessoas, membros do projeto comunitário, que se dirigiram ao local por volta das 7h foram alvo de agressões, sem qualquer justificação, por parte da polícia, segundo relatou ao esquerda.net a coordenadora da Horta do Monte, Inês Clematis. Entre encontrões e bastonadas, duas pessoas foram detidas e uma foi encaminhada para o hospital com a cabeça partida.
Segundo é avançado no blogue da Horta do Monte, “o modelo de requalificação proposto pelo Grupo de Trabalho para a Promoção da Agricultura Urbana na Cidade de Lisboa, da CML, adapta-se às necessidades das hortas urbanas tradicionais - com talhões de cultivo individuais - mas não é compatível com a participação colectiva na produção de alimentos”, sendo que a inclusão do projeto da Horta do Monte no Jardim da Cerca da Graça, projeto da CML para o local, representaria “uma mais-valia para a comunidade ao nível social, cultural, ambiental e pedagógico”.
Sublinhando que “não houve discussão pública nem houve consideração pelo projecto existente no terreno”, os membros do projeto comunitário Horta do Monte mantiveram “uma atitude de receptividade e abertura”, ainda que não tenha existido “negociação no sentido de integrar a Horta do Monte no projecto” e que o departamento de espaços verdes do Gabinete Vereador José Sá Fernandes tenha demonstrado uma “inflexibilidade absoluta desde o primeiro momento”.
No local, ocupado há seis anos pela Horta do Monte, a CML pretende implantar um parque urbano, com espaço de relvado, miradouros e hortas urbanas.
Publicano no portal Esquerda.NET
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