Os vendedores ambulantes prometem estar presentes na reunião da Assembleia Municipal do Porto da próxima segunda-feira, para pedir “uma oportunidade para poderem trabalhar e cumprir” o regulamento da autarquia.
O porta-voz do grupo, João Ferreira, afirma que “um dos problemas é que o regulamento municipal de venda ambulante de produtos alimentares passou as multas de 100 para 800 a 1.000 euros”.
“Não somos contras penalizações, embora discordemos um bocado do valor delas. Compreendo a posição camarária”, salientou, concordando que “os vendedores, às vezes, também abusam”.
O porta-voz refere que “o regulamento foi criado a pensar na movida nocturna” e nos vendedores que se aproveitam dela, acabando, porém, segundo disse, por atingir os outros comerciantes da “mesma maneira”.
“A multa é a mesma para quem tem uma máquina de assar castanhas ou uma rulote”, exemplifica, realçando que a polícia municipal “apreende as máquinas, não as devolve e não passa os autos para pagar as multas”.
Os vendedores ambulantes lançaram um abaixo-assinado com as suas revindicações e, segundo João Ferreira, pretendem entregá-lo na Assembleia Municipal, no período em que público pode intervir.
O porta-voz explica ainda que a classe exige que a Câmara atribua “lugares para venda de pipocas e de algodão doce e disse que “há 4 meses que não são emitidas licenças fixas ou ocasionais” para esta actividade comercial de rua.
“Também queremos reivindicar a atribuição de lugares para a venda ambulante de cachorros” na cidade, tal como, observa, “acontece em todo o mundo”.
João Ferreira – que diz ter “um carro para venda de cachorros” – calcula que haverá “uns 100 vendedores ambulantes” de produtos alimentares pelas ruas do Porto.
O vendedor informa ainda que os vendedores ambulantes desconvocaram a manifestação que haviam marcado para quarta-feira, porque, entretanto, agendaram, “uma reunião nesse dia com o vereador Sousa Lemos”, que tutela, nomeadamente, a Fiscalização.
Publicado no jornal Porto24