A Polícia Municipal de Braga tem sido o parente pobre do município. Esta é a convicção do PCP que, pela voz de Carlos Almeida, chama a atenção para a perda de competências que a força policial tem sofrido ao longo dos tempos.
“A Polícia Municipal de Braga tem sido um parente pobre deste município nos últimos anos no que diz respeito à falta de investimento a que tem estado sujeita. Basta vermos aquilo que são os orçamentos e as grandes opções de plano da câmara de Braga na última meia dúzia de anos para perceber que nos anos em que o orçamento não é zero é pouco mais acima disto”.
No debate político Praça do Município deste fim-de-semana, este é um sinal de desleixo por parte do executivo municipal.
“E é um sinal evidente de desleixo, de desinteresse por aquilo que foi uma medida de grande entusiasmo deste município quando foi criado o corpo de agentes municipais. Rápido passou esse entusiasmo e de um momento para o outro o caminho sempre foi o de desleixo. O município também tem feito, ao longo dos últimos anos, de tudo para esvaziar as competências da Polícia Municipal, o caso mais mediático talvez seja o da privatização do estacionamento pago na via pública”, considerou Carlos Almeida.
Opinião contrária tem Jorge Cruz. O socialista diz que a Polícia Municipal tem competências importantes que devem continuar a existir.
“A Polícia Municipal tem plena justificação de manter-se e não é o facto de ter deixado de fazer a sua fiscalização, se é que deixou de fazer a sua fiscalização nos parcómetros, que vai nem de longe nem de perto justificar que se acabe com essa polícia. De resto, a Polícia Municipal de Braga vai fazer 12 anos em junho próximo, até à data tem funcionado dentro das possibilidades que a deixam funcionar, um pouco vocacionada para determinadas áreas em detrimento de outras”, disse Jorge Cruz.
Também João Granja, do PSD, entende que a Polícia Municipal não deve ser extinta mas terão que ser melhor definidas as suas competências.
“Não se justifica extinguir, tem competências vastas e há também necessidades ao nível da cidade que podem ser supridas por eles, que justificam bem a sua existência. O que me parece é que há necessidade de se fazerem ajustamentos. Acho que deve discutir-se este tema, deve depois implementar-se a alteração de regulamentos de maneira a sermos mais concretos naquilo que são as tarefas da Polícia Municipal. A Polícia Municipal em Braga são cinquenta e tal elementos, afetos às tarefas de fiscalização estão cinco ou seis elementos, há a necessidade de ter um corpo mais ou menos associado à sua sede da sua sede e aos serviços administrativos que elas estão associadas, mas ficam disponíveis muitas pessoas”.
Publicado no sítio da Rádio Universitária do Minho