O comandante da Polícia Municipal de Braga denunciou esta sexta-feira casos "extremamente graves" de indisciplina na corporação, como o manuseamento "maldoso" de armas, admitindo que "no limite" a segurança de agentes e cidadãos "esteve mesmo" em causa.
Em declarações à agência Lusa, João Paulo Vareta, militar de carreira, que esta sexta-feira apresentou a demissão ao presidente da Câmara Municipal de Braga, afirmou que Ricardo Rio "garantiu" que os factos denunciados "vão ser investigados" no sentido de "apurar responsabilidades disciplinares e criminais".
O militar justificou a demissão do cargo explicando não poder "pactuar" com aquilo que chamou de "terrorismo institucional" e que, segundo ele, "há muito" se verifica na Policia Municipal de Braga.
"Nos últimos tempos deram-se factos extremamente graves na corporação. Autênticos atos de terrorismo institucional que, no limite, puseram em causa a segurança de agentes e cidadãos", denunciou.
Segundo o agora ex-comandante, entre os factos, que relatou a Ricardo Rio, contam-se episódios de "manuseamento maldoso de armas, mau uso de armamento e munições assim como uso das mesmas fora das condições de segurança".
Vareta afirmou que o autarca lhe pediu que elaborasse um "relatório minucioso" sobre os referidos acontecimentos "para que possam ser apuradas responsabilidades disciplinares e criminais".
Para o militar, "numa organização de segurança não pode haver este tipo de comportamentos por parte de agentes que se escondem atrás de um eventual anonimato para incutir medo".
A demissão do responsável, no cargo desde 2010, foi aceite por Ricardo Rio.
Publicado no Jornal de NotíciasJornal de Notícias
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