Li há dias no Diário de Coimbra algo que me deixou em choque. A Câmara Municipal, por decreto ou algo que o valha, quer fechar os cafés e bares às 02h00 e as esplanadas à meia-noite.
Coimbra, além de uma cidade estudantil com uma Universidade prestigiada a nível mundial, é uma cidade cheia de juventude. Seja estudante ou futrica, qualquer um gosta de ir “p’ra borga” e mergulhar nas noites, beber seu copo num bar, e conviver com outros amigos, jovens ou não.
Tenho 35 anos de idade. Habito na Baixa e, muitas vezes, a partir das 22h00 não se vê vivalma. Com isto não quer dizer que seja insegura, mas só o facto de se caminhar em ruas apertadas, becos e largos escuros, sem vida, dá-nos a sensação que no próximo cruzamento pode estar alguém com intenções maléficas. Como se sabe, o medo assenta essencialmente em factores psicológicos.
Sempre defendi que houvesse bares, cafés, discotecas na zona histórica, Alta e Baixa, assim na mesma linha do Bairro Alto, em Lisboa, mas com maior controlo, com menos sujidade e com mais policiamento. Acredito que Coimbra, na linha de Nova Iorque, poderá ser uma cidade que nunca dorme, com actividade 24 sobre 24 horas. A ser assim, havia sempre animação e iria trazer outra movida à cidade. Com esta atitude, a autarquia não está só a prejudicar comerciantes como está a ser autoritária. A meu ver, trocando por miúdos, a edilidade parece dizer: meninos, a partir das 02h00 não há mais bebidas para ninguém! Todos p’ra caminha. Já! Com esta deliberação está a impor quase uma lei marcial. Sei por experiência própria que é nesta hora de encerramento, 02h00, que começa a noite pra muitos jovens que vão a um bar antes de ir para uma discoteca; dos que vão, porque muitos mantém-se no bar com música ambiente.
Pergunto: como será a zona da Sé Velha, agora considerada um mini-Bairro Alto de Lisboa, sem animação? Sim, sei, há abusos, mas acho que culpa é da Câmara que não tem mão na desbunda, não mandando intervir a Polícia Municipal. Porque, vejamos, se há bebida, naturalmente, haverá sempre excessos. Por que não meter mais agentes a patrulhar a área? Já agora não esquecer casas de banho públicas. Suprindo esta necessidade, escusam os frequentadores dos bares sujarem com dejectos a vetusta catedral romana.
Se este Regulamento for aprovado, a Alta fica um deserto e a Baixa de igual modo. Ou seja, em vez de se reabilitar a noite de Coimbra o que se faz? Nada! Ou pior, dá-se uma facada mortal no turismo da cidade. A meu ver o executivo não devia impor este tipo de normas. Todos falam em revitalizar a Baixa. Como podemos concorrer com um Dolce Vitta se às 19h00 encerram as lojas e às 22h00 não se vê ninguém na rua e não há, nesta zona, quase quase nada que anime as pessoas que a visitam? Poderei estar errado e até não afectar, mas acredito que com estas imposições se vai matando a cidade.
Há que pôr a Baixa na noite de Coimbra. Espero, sinceramente, que esta intenção não vá avante.
Publicado no blog Questões Nacionais
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quinta-feira, 20 de agosto de 2015
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Deputados municipais querem Baixa mais vigiada (Lisboa)
Os deputados municipais das comissões de Mobilidade e Segurança e de Direitos Sociais e Cidadania defendem a contratação de mais efectivos na Polícia Municipal de Lisboa para lutar contra a venda de alegados estupefacientes na Baixa.
Leia também: Câmara de Lisboa vai pedir alteração da lei para criminalizar tráfico de droga na Baixa
Esta posição surge depois de ter dado entrada na assembleia municipal uma petição que apela ao fim da “presença de pretensos traficantes de droga” no centro histórico de Lisboa. Os signatários da petição consideram “escandalosa” a “incapacidade que as autoridades e a câmara têm em agir sobre estes indivíduos”. Defendem ainda que o facto de “não estarem a vender estupefacientes”, mas sim “louro prensado, farinha, etc.”, não justifica o “nada fazer”.
Publicado no sítio da Assembleia Municipal de Lisboa
Leia também: Câmara de Lisboa vai pedir alteração da lei para criminalizar tráfico de droga na Baixa
Esta posição surge depois de ter dado entrada na assembleia municipal uma petição que apela ao fim da “presença de pretensos traficantes de droga” no centro histórico de Lisboa. Os signatários da petição consideram “escandalosa” a “incapacidade que as autoridades e a câmara têm em agir sobre estes indivíduos”. Defendem ainda que o facto de “não estarem a vender estupefacientes”, mas sim “louro prensado, farinha, etc.”, não justifica o “nada fazer”.
Publicado no sítio da Assembleia Municipal de Lisboa
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Polícia Municipal utiliza Segways para patrulhar a Baixa de Lisboa
A Polícia Municipal de Lisboa está a patrulhar a Baixa de Lisboa com segways que não é poluente, permite aos agentes actuarem de forma mais rápida e é mais barato que outros meios de transporte.
Enviado por correio-electrónico
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Lisboa mais segura
A Câmara Municipal de Lisboa assina, no dia 5 de Abril, um contrato para instalar 27 câmaras de videovigilância no local. Os equipamentos deverão começar a funcionar no mês de Agosto.
O Bairro Alto não será, no entanto, a única zona a usufruir de maior segurança. O desenho da videovigilância para a Baixa de Lisboa, abrange uma área que se estende do Cais do Sodré ao Martim Moniz, Intendente e Avenida Almirante Reis, até à Alameda D. Afonso Henriques.
O objectivo da autarquia lisboeta é desenvolver uma política de polícia de proximidade para que os cidadãos sintam que há agentes das forças dos serviços de segurança na rua que estão próximos de si.
O contrato será assinado entre o comandante da Polícia Municipal de Lisboa e a empresa que venceu o concurso, entre as 17 concorrentes.
Publicado no jornal Expresso do Oriente
O Bairro Alto não será, no entanto, a única zona a usufruir de maior segurança. O desenho da videovigilância para a Baixa de Lisboa, abrange uma área que se estende do Cais do Sodré ao Martim Moniz, Intendente e Avenida Almirante Reis, até à Alameda D. Afonso Henriques.
O objectivo da autarquia lisboeta é desenvolver uma política de polícia de proximidade para que os cidadãos sintam que há agentes das forças dos serviços de segurança na rua que estão próximos de si.
O contrato será assinado entre o comandante da Polícia Municipal de Lisboa e a empresa que venceu o concurso, entre as 17 concorrentes.
Publicado no jornal Expresso do Oriente
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